Eu quero VLT em Salvador
Salvador passará por um momento histórico de mobilidade urbana na av. Paralela quando, no próximo mês, o Governo do Estado da Bahia escolherá entre dois modelos de transporte urbano de massa: o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que representa a modernidade e a eficiência, e o BRT, sigla em inglês criada para dar um ar diferente ao corredor de ônibus que ainda existe na cidade, que representa a manutenção de um modelo de transporte baseado em ônibus já ultrapassado e saturado.
O VLT é capaz de transportar até 750 passageiros por veículo de modo seguro, rápido (velocidade de 70km/h), confortável, utilizando energia limpa, com câmeras de segurança em todos os lugares - o que leva à menor probabilidade de assalto, conservando o verde da av. Paralela – com a instalação dos trilhos sobre a grama, com pontualidade - pois será mais automatizado, e integrado ao futuro metrô de Salvador.
Enquanto isso, o BRT transportaria somente 160 passageiros por ônibus, lento (até 30km/h), poluidor - necessita queimar milhares de litros de óleo diesel diariamente prejudicando o meio ambiente e elevando o calor em nossa cidade, e necessitaria reduzir o canteiro central da av. Paralela construindo com asfalto mais duas pistas. Sem falar na insegurança dos constantes assaltos a ônibus - gravíssimo problema que assusta quem utiliza o ônibus e que, certamente, será um fator contra a decisão da classe média de deixar o carro em casa e passar a utilizar o transporte de massa. Com o BRT, sistema patrocinado pelos empresários de ônibus, a cidade continuaria refém dos constantes aumentos do valor da passagem de ônibus e das interrupções das vias de acessos para protestos.
Centenas de cidades no mundo testaram e aprovaram o VLT, sobretudo as cidades européias e até mesmo no Nordeste do Brasil como Fortaleza, Juazeiro do Norte e Crato no Ceará, Recife e Maceió. São cidades que apostam no transporte público de qualidade para seus cidadãos.
O BRT, cada vez mais ultrapassado, ainda é utilizado em cidades de países subdesenvolvidos, como Bogotá, na Colômbia e Cidade do Cabo, na África do Sul. Para difundir o BRT o Sindicato dos Empresários de Ônibus de Salvador financiou a ida de vários jornalistas a Bogotá com tudo pago, isso demonstra o investimento que tem sido feito na mídia baiana pelo BRT.
A definição pelo VLT é apenas um começo para o estabelecimento de um novo modelo de transporte que alcançará as cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari, enquanto que o BRT chegaria apenas ao aeroporto de Salvador. O investimento inicial no VLT é maior, mas o custo de manutenção mensal é menor – o que poderá tornar o valor da passagem mais barata. Os benefícios do VLT são infinitamente superiores ao BRT.
Participe deste movimento, faltam poucos dias, acesse o blog na internet – vltemsalvador.blogspot.com - participe das mobilizações que serão organizadas, convide a sua família, os seus amigos, colegas de trabalho, vizinhos e desconhecidos. Procure o(a) seu(sua) vereador(a) e deputado(a), diga-lhe que você quer o VLT. Vamos fazer uma corrente do bem pelo VLT. Por fim, assine o nosso abaixo-assinado.
MARCONI:
ResponderExcluirdomingo, 17 de abril de 2011Passagem mais barata com o VLT do que com o corredor de ônibus
A guerra de preços e de nervos entre os grupos empresariais que defendem a implantação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e do Bus Rapid Transit (BRT) teve lances interessantes após as declarações do diretor-presidente T’Trans, Massimo Giovina-Bianchi, segundo o qual o preço da passagem do VLT pode ser "até 10 vezes mais barata do que a de do BRT.
Segundo Bianchi, a tarifa do VLT nas cidades americanas, como Dallas e Denver, custa entre US$ 0.48 e US$ 1.88, respectivamente. Enquanto a passagem do BRT, nas mesmas cidades, é de US$ 4.15 e US$ 2,6, respectivamente.
Os dados foram apresentados durante entrevista coletiva concedida hoje pelos representantes da T'Trans, logo após reunião com o governador em exercício, Chico Daltro (PP), e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP).
A diferença nas passagens está relacionada ao tempo de troca da frota, sustenta o diretor da T'Tran. Isso porque, o tempo útil do ônibus do BRT é, em média, de sete anos, enquanto o VLT dura até 30 anos. "O custo da compra desses ônibus e da manutenção estará embutido nas passagens e é o cidadão que paga", assegura.
O estudo comparativo entre o VLT, BRT e Diesel Multiple Unit (DMU), que seria o VLT movido a diesel, foi outro lance interessante na guerra de nervos que vem sendo travada nos bastidores entre "veeletistas e beerretistas".
Ele deu todas as garantias de que o VLT é o sistema mais adequado para Cuiabá e afirmou que o corredor de ônibus está ultrapassado.
Além disso, garante Massimo Bianchi, o VLT seria até 30% mais rápido do que o BRT, pois o sistema de trilhos tem vantagem no tempo de parada dos ônibus. Outro aspecto levado em consideração é a capacidade de passageiros em cada um dos veículos. O ônibus tem comporta apenas 163 passageiros, enquanto o trem consegue chegar a 500 pessoas.
O VLT também é de fácil acesso e tem sistema automatizado, com a opção de aumento na capacidade de passageiros, pois possui sistema de acoplamento, podendo acrescentar até dois bondes.
O empresário apresentou as vantagens do sistema de trilhos atestando a seguridade do modal, principalmente, na redução de acidentes, devido à segurança na condução do veículo que possui um sistema que permite uma integração maior com o trânsito.
Outro ponto positivo é a durabilidade dos ‘bondes’ do VLT que duram até 30 anos, enquanto os ônibus do BRT exigem a troca a cada sete anos, encarecendo ainda mais o sistema. Para Massimo, o sistema de corredor de ônibus possui a vantagem de servir como um alimentador do sistema estrutural de capacidade mediana.
Por outro lado, os empresários que defendem a implantação do BRT garantem que a passagem não deve passar de R$ 1,00. No entanto, a informação foi quesitonada pelo deputado José Riva (PP), que alegou que estariam omitindo dados como a troca da frota, que deverá estar incluso.
Além disso, outro fato que deve ser levado em consideração é de que a obra do BRT, avaliada em quase R$ 500 milhões, deverá ser executada pelo Estado e repassada para uma empresa administrar. Enquanto, a construção do VLT deverá ser feito por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).